New Skate Summer Tour

New Skate Summer Tour fez Brasília tremer. O maior público dos shows do Ziperona, aproximadamente 700 pessoas, contou até com excursão de Goiânia. Apesar de alguns probleminhas de produção que atrasaram o evento, o som estava muito bem equalizado. Se depender do público, Dead Fish poderá pisar em Brasília em menos de seis meses novamente.
Por volta das 21h15, o Promessa pôde finalmente dar início às apresentações. Apesar de ser a primeira banda a tocar, a pista ficou cheia do início ao fim do show. No repertório estavam as composições “Meia dose e um comprimido”, “Olhe de frente” e a canção que mais prendeu a atenção do público: “Gelo”. O Promessa é uma grupo novo na cena do Hardcore brasiliense, mas mostrou personalidade e atitude.
Em seguida veio a Ravenna, que surpreende e ganha maturidade a cada show. Bastante atuante na cena underground, é possível perceber que a variação entre os vocais e a participação constante de integrantes de outras bandas já conhecidas, proporciona maior dinamismo ao show.
O pessoal do Perfecto também fez boa apresentação. A banda que segue o mesmo estilo musical do Rufio, mais uma vez, mostrou intimidade com o palco. Vale dar destaque ao intergrante do Lafusa, Guilherme Guedz, que ia substituir o Thiago na bateria, mas que acabou só tocando algumas músicas com a banda.
Devido ao atraso Six Stage teve de subir ao palco com o tempo de show cronometrado. O emocore da banda fez bonito durante todo o tempo que ficaram em cima do palco. A banda já se apresentou em alguns locais fora do DF e tem um CD intitulado “Enojados e Terapêuticos”, que aborda contextos político-sociais. Idéias é o que não falta para o grupo, mas com certeza, eles ainda podem colocá-las melhor na prática.
Cárdia, uma das maiores bandas Hardcore de Brasília, também fez uma apresentação bem interessante. Distribuiu alguns CD’s para os fãs, que aplaudiram bastante o grupo que cada dia mais se destaca nos eventos. Mostram experiência e despojamento, não é à toa que a banda tem tantos fãs.
À meia noite foi a vez de Siltu. Raoni Barros, encarregado da voz e do baixo, teve problemas com o pedestal. A banda teve seu show prejudicado pelo atraso do começo do evento, o que serviu pra mostrar que os garotos do Siltu têm bastante jogo de cintura.
Sem fim fez um show curto, de apenas cinco músicas, por conta do compromisso do tempo. O vocalista, Pedroka, estava muito animado, contagiando a platéia que cantou junto algumas músicas.
Com uma atmosfera totalmente alto astral, o Etno sobe no palco e prega a responsabilidade social. Os ritmos variados, que vão dês de batidas indígenas até o New Metal, proporcionam um groove explosivo. Passam a idéia de que o público precisa se mexer e interagir, mostrando definitivamente que, como diz a letra de uma as músicas da banda, “a revolução é interna é silenciosa”.
As músicas expressivas do Lesto! conseguiram fazer seus fãs se expressarem. Com o bate cabeça interminável o vocalista Brunão teve que interferir e ameaçar parar o show. Os ânimos da platéia se acalmaram, mas a performance dos integrantes continuou enérgica em cima do palco.
E finalmente a ansiedade dos fãs foi convertida em empolgação quando a banda capixaba Dead Fish assumiu seu lugar no palco. O público gritou, subiu em cima do palco, jogou água, fez mosh, urrou e ninguém ficou parado! Valeu a espera pelo show.
Quase 17 anos de estrada fez com que a banda tenha muitos hits consagrados. O show contou com um setlist recheado de músicas antigas, entre elas Compra!, a galera cantou todas e o clima nostálgico tomou conta. Entre as 26 músicas também tocaram duas novas, como Venceremos, e pela empolgação da galera com certeza foi aprovada.
O Dead Fish é “eterno nessa Brasila” como disse o vocalista Rodrigo. A junção de equipamento bacana, público animado e banda hardcore mais que consagrada realmente tem tudo para dar certo.
Agora a próxima parada é o Skate Rock Show! Sábado, dia 29 de março, com CUEIO LIMÃO (MS) +Let's Go (RJ) + Siltu + Firstations + Redial Rocker + Na Lata + Cárdia + Grajaú 434 + Cromonato + Insonya!!!